IMPLANTAÇÃO
O projeto responde às demandas do programa arquitetônico e as condições do sítio, seu entorno, sua geometria, insolação e ventilação. Uma implantação que valoriza e se apropria de importantes referências urbanas da cidade de Curitiba, seu Centro Histórico, o Tribunal de Contas, a Prefeitura, o Museu Oscar Niemeyer no Parque do Polonês, o Palácio Iguaçu, sede do Governo Estadual, que são percebidos a partir das visuais da face norte do terreno, estabelecendo uma franca relação com o sítio urbano.
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Os acessos de pedestres e de automóveis estão separados e definidos no terreno pelo fluxo de circulação da Rua Mateus Leme. A implantação aproveita a área não edificante para criar um jardim.
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O conceito adotado cria um espaço de chegada aberto que permite a transparência e o fácil acesso da população, colaborando no entendimento da função pública da edificação. Os afastamentos estabelecidos por esse caráter público da implantação e pelo corredor de acesso das garagens possibilitam a edificação aproveitar a iluminação e ventilação naturais.
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PROGRAMA
Ao Crea Curitiba foi destinado a porção posterior da edificação, com atendimento ao público no térreo e a administração no primeiro pavimento.
A área de eventos, ponto fulcral do funcionamento e do caráter público do Crea Paraná, situa-se nos dois primeiros pavimentos, destacado pelo lobby com pé direito duplo. Os andares imediatamente superiores foram reservados aos setores administrativos e distribuídos segundo um caráter hierárquico, destacando a área da presidência no pavimento de cobertura.
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Esses espaços foram tratados de forma a garantir fácil distribuição e flexibilidade, tanto pela opção estrutural adotada, como pelo uso de divisórias nos fechamentos vãos. O projeto permite facilidade de alterações de arranjos de layout devido a adoção de piso elevado, locação dos pilares nas extremidades e forro em grelha, facilitando a redistribuição dos ambientes sem prejuízo das instalações e da iluminação.
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Está previsto a construção de um pavimento semi-enterrado para as funções de apoio e de estacionamentos em um subsolo. Foi reservada uma área técnica para equipamentos de ar -condicionado no sexto pavimento e próximo a casa de máquinas dos elevadores.
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PARTIDO
A proposta arquitetônica se organiza através da circulação de três elementos estruturadores: a casca-abrigo, a pele filtro e a marquise passarela.
A fachada sul é o pano de fundo que envolve o edifício, uma face mais silenciosa que se une a caixa de coberta e cria uma casca para abrigar o corpo central. nessa face os rasgos da empena geram as marquises que protegem as esquadrias. Como dobraduras, erguem-se estabelecendo ritmo e qualificando o conforto térmico.
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A pele de vidro recebe a proteção de brises em madeira de reflorestamento para amenizar a sensação de ofuscamento da incidência solar. Essa proteção garante aos andares de estações de trabalho a manutenção da vista exterior permitindo a transparência sem comprometer o conforto térmico da edificação.
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O balanço desta estrutura confere um caráter monumental à arquitetura além de gerar uma perspectiva que conduz o olhar do observador para a plenária, ponto focal e conexão entre a casca e os brises.
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O volume da plenária se prolonga até o nível do piso da presidência e recebe um jardim sobre o topo. As varandas triangulares voltadas para oeste configuram-se como mirantes que permitem um contato mais franco com a cidade e reforçam o diálogo com o entorno urbano, descortinando as visuais do Centro Cívico e possibilitando a contemplação do extraordinário pôr do sol.
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A marquise de acesso se prolonga através de uma passarela que define a marcação de entrada convidando e conduzindo os usuários a partir da calçada. Uma estrutura leve, solta do solo natural, permitindo a iluminação das áreas do subsolo. Essa marcação de chegada se estende desde o limite do terreno até se transformar na casca do Crea Curitiba, dando continuidade compositiva a arquitetura.
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Os terraços irrompem a caixa de madeira, nas fachadas norte e leste, imprimindo dinamismo ao corpo volumétrico, estabelecendo uma relação de equilíbrio entre cheios e vazios, promovendo intencional descontinuidade e heterogeneidade.
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CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
O conjunto possui uma base em concreto protendido apoiado nos pilares com capitéis nos pavimentos inferiores. Nos pavimentos superiores foi adotado uma modulação em estrutura metálica de 7,50m x 18,00m, permitindo uma vedação em vidro na face com as melhores visuais do entorno urbano.
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DIRETRIZES ECO SUSTENTÁVEIS
A construção corresponde a excelência tecnológica das profissões abarcadas pelo Sistema CONFEA - CREA's e que responde às questões ambientais e de acessibilidade, tanto no partido arquitetônico quanto na produção do edifício. O projeto estabele critérios de sustentabilidade na cadeia produtiva da construção civil e prioriza a utilização de materiais produzidos na própria região.
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Os perfis metálicos são pré fabricados e montados no local, em um processo racional que utiliza parafusos em detrimento do uso da solda. As divisórias industrializadas dispensam o uso de pinturas, diminuindo os custos de manutenção. A industrialização da construção promove a economia de escala, reduz o tempo de execução e o desperdício de materiais na obra. O projeto incorpora recursos passivos ao utilizar orientação adequada, isolamento térmico, proteção solar nas janelas e vedações, direcionar as principais aberturas para a direção dos ventos dominantes na região.
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Devemos destacar o papel do projeto arquitetônico no contexto das cidades sustentáveis e os parâmetros a serem seguidos relativos à consciência do Global Warming e que a arquitetura deve revelar esse conceito em sua essência. A proposta incorpora técnicas de utilização de energia solar para o aquecimento da água, além da captação de de águas pluviais na coberta e o seu reaproveitamento e reuso para manutenção dos jardins e limpeza.
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Uma construção que possa reduzir os impactos dos edifícios sobre os seus usuários e o meio ambiente. Um projeto baseado na experiência construtiva do prédio representativo das profissões técnicas da cadeia da construção civil e que se aporta na valorização da cultura local ao dialogar com o caráter urbano de Curitiba.
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O projeto responde às demandas do programa arquitetônico e as condições do sítio, seu entorno, sua geometria, insolação e ventilação. Uma implantação que valoriza e se apropria de importantes referências urbanas da cidade de Curitiba, seu Centro Histórico, o Tribunal de Contas, a Prefeitura, o Museu Oscar Niemeyer no Parque do Polonês, o Palácio Iguaçu, sede do Governo Estadual, que são percebidos a partir das visuais da face norte do terreno, estabelecendo uma franca relação com o sítio urbano.
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Os acessos de pedestres e de automóveis estão separados e definidos no terreno pelo fluxo de circulação da Rua Mateus Leme. A implantação aproveita a área não edificante para criar um jardim.
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O conceito adotado cria um espaço de chegada aberto que permite a transparência e o fácil acesso da população, colaborando no entendimento da função pública da edificação. Os afastamentos estabelecidos por esse caráter público da implantação e pelo corredor de acesso das garagens possibilitam a edificação aproveitar a iluminação e ventilação naturais.
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PROGRAMA
A praça de chegada se prolonga no lobby do térreo e propicia espaço para atividades culturais organizadas tanto pelo Crea-PR como também pelas entidades que o compõe. Os serviços gerais e as instalações hidráulicas e mecãnicas estão distribuídos em um corpo central, elemento articulador do projeto, que concentra as baterias de banheiros, os shafts e a circulação vertical, facilitando o controle de acesso no lobby e aportando a estrutura do edifício.
.Ao Crea Curitiba foi destinado a porção posterior da edificação, com atendimento ao público no térreo e a administração no primeiro pavimento.
A área de eventos, ponto fulcral do funcionamento e do caráter público do Crea Paraná, situa-se nos dois primeiros pavimentos, destacado pelo lobby com pé direito duplo. Os andares imediatamente superiores foram reservados aos setores administrativos e distribuídos segundo um caráter hierárquico, destacando a área da presidência no pavimento de cobertura.
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Esses espaços foram tratados de forma a garantir fácil distribuição e flexibilidade, tanto pela opção estrutural adotada, como pelo uso de divisórias nos fechamentos vãos. O projeto permite facilidade de alterações de arranjos de layout devido a adoção de piso elevado, locação dos pilares nas extremidades e forro em grelha, facilitando a redistribuição dos ambientes sem prejuízo das instalações e da iluminação.
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Está previsto a construção de um pavimento semi-enterrado para as funções de apoio e de estacionamentos em um subsolo. Foi reservada uma área técnica para equipamentos de ar -condicionado no sexto pavimento e próximo a casa de máquinas dos elevadores.
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PARTIDO
A proposta arquitetônica se organiza através da circulação de três elementos estruturadores: a casca-abrigo, a pele filtro e a marquise passarela.
A fachada sul é o pano de fundo que envolve o edifício, uma face mais silenciosa que se une a caixa de coberta e cria uma casca para abrigar o corpo central. nessa face os rasgos da empena geram as marquises que protegem as esquadrias. Como dobraduras, erguem-se estabelecendo ritmo e qualificando o conforto térmico.
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A pele de vidro recebe a proteção de brises em madeira de reflorestamento para amenizar a sensação de ofuscamento da incidência solar. Essa proteção garante aos andares de estações de trabalho a manutenção da vista exterior permitindo a transparência sem comprometer o conforto térmico da edificação.
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O balanço desta estrutura confere um caráter monumental à arquitetura além de gerar uma perspectiva que conduz o olhar do observador para a plenária, ponto focal e conexão entre a casca e os brises.
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O volume da plenária se prolonga até o nível do piso da presidência e recebe um jardim sobre o topo. As varandas triangulares voltadas para oeste configuram-se como mirantes que permitem um contato mais franco com a cidade e reforçam o diálogo com o entorno urbano, descortinando as visuais do Centro Cívico e possibilitando a contemplação do extraordinário pôr do sol.
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A marquise de acesso se prolonga através de uma passarela que define a marcação de entrada convidando e conduzindo os usuários a partir da calçada. Uma estrutura leve, solta do solo natural, permitindo a iluminação das áreas do subsolo. Essa marcação de chegada se estende desde o limite do terreno até se transformar na casca do Crea Curitiba, dando continuidade compositiva a arquitetura.
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Os terraços irrompem a caixa de madeira, nas fachadas norte e leste, imprimindo dinamismo ao corpo volumétrico, estabelecendo uma relação de equilíbrio entre cheios e vazios, promovendo intencional descontinuidade e heterogeneidade.
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CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
O conjunto possui uma base em concreto protendido apoiado nos pilares com capitéis nos pavimentos inferiores. Nos pavimentos superiores foi adotado uma modulação em estrutura metálica de 7,50m x 18,00m, permitindo uma vedação em vidro na face com as melhores visuais do entorno urbano.
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DIRETRIZES ECO SUSTENTÁVEIS
A construção corresponde a excelência tecnológica das profissões abarcadas pelo Sistema CONFEA - CREA's e que responde às questões ambientais e de acessibilidade, tanto no partido arquitetônico quanto na produção do edifício. O projeto estabele critérios de sustentabilidade na cadeia produtiva da construção civil e prioriza a utilização de materiais produzidos na própria região.
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Os perfis metálicos são pré fabricados e montados no local, em um processo racional que utiliza parafusos em detrimento do uso da solda. As divisórias industrializadas dispensam o uso de pinturas, diminuindo os custos de manutenção. A industrialização da construção promove a economia de escala, reduz o tempo de execução e o desperdício de materiais na obra. O projeto incorpora recursos passivos ao utilizar orientação adequada, isolamento térmico, proteção solar nas janelas e vedações, direcionar as principais aberturas para a direção dos ventos dominantes na região.
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Devemos destacar o papel do projeto arquitetônico no contexto das cidades sustentáveis e os parâmetros a serem seguidos relativos à consciência do Global Warming e que a arquitetura deve revelar esse conceito em sua essência. A proposta incorpora técnicas de utilização de energia solar para o aquecimento da água, além da captação de de águas pluviais na coberta e o seu reaproveitamento e reuso para manutenção dos jardins e limpeza.
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Uma construção que possa reduzir os impactos dos edifícios sobre os seus usuários e o meio ambiente. Um projeto baseado na experiência construtiva do prédio representativo das profissões técnicas da cadeia da construção civil e que se aporta na valorização da cultura local ao dialogar com o caráter urbano de Curitiba.
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Ficha técnica
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Arquitetura: Ricardo Vidal, Cristiano Rolim, Oliveira Júnior e Ricardo Nogueira
Estagiários: Davi de Lima (coordenação), Alberto Oliveira, Diego Poshar e Rafael Targa
Maquete: Rafael Targa
Croquis: Oliveira Júnior
Local: Curitiba - PR
Ano: 2009
Ficha técnica
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Arquitetura: Ricardo Vidal, Cristiano Rolim, Oliveira Júnior e Ricardo Nogueira
Estagiários: Davi de Lima (coordenação), Alberto Oliveira, Diego Poshar e Rafael Targa
Maquete: Rafael Targa
Croquis: Oliveira Júnior
Local: Curitiba - PR
Ano: 2009
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