quinta-feira, 24 de março de 2011

NA PONTA DOS PÉS

Agradeço mais uma vez o contato da Jornalista Maria Lívia Cunha para o preparo desta matéria publicada em 21.03.2011 no caderno Lugar Certo do Jornal O Norte.


Maria Livia Cunha - Lugar Certo PB/ON


21/03/2011 - A escolha do piso certo garante beleza, praticidade e até segurança nos cômodos
Juliana Santos/Especial DB



















Rústico, de cerâmica ou porcelanato, concreto, com ou sem antiderrapante e a grande questão é como escolher bem o piso da sua casa? Qualidade, durabilidade e rapidez de manutenção são pontos que devem receber um grifo durante esse processo. Afinal, beleza não é tudo, nem para comprar cerâmica. Selecionadas as peças que atendem a estes quesitos, pergunte-se qual o tipo de uso que o espaço terá? E, então, mãos a obra.

Um material de qualidade ruim pode ficar empenado após a aplicação, quebrar ou apresentar falhas na tonalidade. Consultar um profissional e solicitar uma consultoria pode simplificar as coisas. “Ao projetarmos uma casa dividimos ela em três setores básicos: serviços, área íntima e área social. Por existir essa diferença de usos nos ambientes, podem-se utilizar pisos diferentes para cada setor, observando-se sua resistência e material”, afirma o arquiteto Ricardo Vidal.

Os tipos de piso são variados em cores, materiais, formatos e texturas. O piso de cimento queimado não possui rejuntes e isto facilita a limpeza. No entanto respingos de gordura podem manchar o revestimento e, quando molhado, ele fica escorregadio. O porcelanato pode ser aplicado em área interna ou externa. Existem várias aparências para esse tipo de peça, por exemplo, madeira, granito e mármore. Já os pisos em madeira são indicados para áreas de estar e jantar, além de quartos. Comumente, oferecem uma sensação de conforto.

No caso dos azulejos, existem as peças que são retificadas, ou seja, passam por um processo mais rígido de qualidade e possuem medidas alinhadas, seguindo um padrão, por isso utilizam menos rejuntes. “Muito cuidado com os chamados ‘pisos comerciais’, eles têm o preço baixo, mas também a qualidade é baixa”, afirma. O usual, segundo Ricardo, é a utilização de um único tipo de piso para toda a casa, dividindo-a em ambientes externo e interno. “Com isso obtemos um resultado mais limpo, onde os ambientes ficam mais integrados. Portanto, um piso único deverá ser resistente à abrasão, ao sol e também ser antiderrapante”, comenta.

Além de escolher bem a peça, vale ressaltar que apenas mão de obra qualificada deve ficar a frente desse tipo de serviço. Afinal, ao escolher o piso, deve-se pensar também que você o utilizará por muitos anos.

Índice PEI

A escolha do piso é uma decisão que exige cuidados. Segundo o Ricardo Vidal, “para o nosso clima, recomenda-se pisos cerâmicos e porcelanato, pois estes são materiais frios e resistentes”. No entanto deve-se observar sua classificação de resistência ao desgaste, conhecida como Índice PEI, para evitar incidentes com o material.

Esse índice divide-se em cinco categorias. O PEI 1 é recomendado para ambientes onde se caminha com chinelos ou pés descalços, já o PEI 2, é para ambientes onde se ande com calçados. O terceiro é mais resistente e indica-se para ambientes onde se caminhe com alguma quantidade de sujeira abrasiva, que não seja areia. O PEI 4 é indicado para todas as áreas residenciais e comerciais com alto tráfego. E, por último, o 5 deve ser utilizado em áreas com alto tráfego, como restaurantes e lojas.

Informações do INMETRO

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) realizou uma pesquisa que avaliou a tendência da qualidade dos revestimentos cerâmicos (pisos e azulejos), em 1998. Das 24 marcas analisadas, apenas seis estavam integralmente de acordo com os requisitos da norma. Para garantir que o consumidor escolha corretamente o produto, o instituto sugere alguns cuidados.

1. Atenção para a procedência do produto: se tem informações sobre o fabricante (telefone, endereço) e indicação de estar de acordo com as normas.
2. Certifique-se de qual será o local de aplicação (parede ou piso): área residencial, comercial ou industrial.
3. Avalie o trânsito no local: de pessoas, de veículos, de móveis que são arrastados – para determinar o Índice PEI do produto que será comprado.
4. É importante saber a umidade no local: para determinar o Grupo de Absorção do produto – para locais mais úmidos, recomendam-se produtos com baixa absorção.
5. Calcule a metragem a ser revestida (m2): para cálculo da quantidade de peças necessárias. Sugere-se adquirir, pelo menos, 10% a mais do que a metragem.
6. Ao receber o material, verifique se todas as caixas contêm produtos do mesmo tamanho, tonalidade, qualidade, lote e índice PEI.
7. Por fim, durante a manutenção das peças, utilize apenas solução de água e detergentes neutros.


Serviço

Ricardo Vidal
Tel.:(83) 9969-7048
Email: contato@ricardovidal.arq.br

INMETRO
www.inmetro.gov.br

Maria Livia Cunha
marialiviacunha.pb@dabr.com.br