segunda-feira, 7 de novembro de 2011

RESIDÊNCIA JC




Vista da área de lazer - piscina, terraço acompanhando pé-direito da sala, protegido por brises e ao fundo, volume da área íntima (suíte master) sobre caixa do setor de serviços (cozinha gourmet, quarto, depósito e lavabo).

Localizada no condomínio Atmosphera Residence, em Campina Grande, esta casa de 396,40m² encontra-se em obras. Seu terreno, com 714m², destaca-se por uma topografia de leve aclive e posição privilegiada no condomínio, o que dará grande visibilidade à construção.

De simples volumetria e fácil leitura, a edificação possui a predominância da cor branca, emoldurada pelo contraste dos tons neutros da madeira e pastilhas pretas, posicionadas estrategicamente com a finalidade de destacar volumes e esquadrias.

O pavimento térreo concentra as atividades de lazer e serviços. O acesso social é feito por uma grande porta, que ilustra o pé-direito duplo dominante em dois dos três ambientes da sala. Da sala, percebe-se todo o funcionamento da edificação, de onde se pode visualizar a escada de acesso ao segundo pavimento, a entrada do setor de serviços pela cozinha, o hall do gabinete e lavabo, o hall do quarto de hóspedes e finalmente toda a área de lazer, com espaço gourmet e piscina, através de uma grande esquadria de vidro que vence todo o vão da sala e seu alto pé-direito.

O pavimento superior concentra a área íntima da casa, com três suítes e estar íntimo. Volumetricamente apresenta-se como uma caixa, montada em balanço sobre os volumes de serviços. Na fachada frontal sobre a lavanderia e cozinha e na fachada posterior sobre o volume que contém o quarto de serviços, depósito e lavabo de apoio à área de lazer. A suíte principal é isolada do restante do pavimento, sendo acessada por uma passarela sobre o terraço.


Vista nordeste - destaque para o aclive natural do terreno. À esquerda, volume da área íntima em balanço sobre a área de serviço (acesso) e cozinha revestida com porcelanato madeirado. À direita, acesso social e garagem coberta para três veículos.

Vista noroeste - Acesso à garagem


Ficha Técnica:
Arquitetura: Ricardo Vidal, Juliana Cunha e Danielle Furtado
Interiores: Juliana Cunha e Danielle Furtado
Render Final: Bruno Gouvêa
Local: Campina Grande PB
Ano do Projeto: 2011
Início obras: 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

COKTELITAS DRINKS & COKTAILS


Fachada Proposta


A Coktelitas Drinks & Cocktails é uma empresa jovem e profissional atuando desde 2004 no mercado de eventos do Ceará, hoje consolidada como referência na prestação de serviços de cocktails nos mais diversos eventos sociais e corporativos naquele Estado.
No início de 2011 nosso escritório foi contactado através da internet para a concepção do projeto da sede da empresa, em Fortaleza. A edificação residencial já bastante modificada, tinha proporções pouco atraentes e necessitava de verticalidade para se destacar no entorno. Assim foi criada uma "torre" na lateral dela, para servir de ponto focal, onde estão a logomarca da empresa e de alguns parceiros sobre um volume em tabuado.
O projeto baseia-se em planos brancos que partem da rampa de acesso e terminam sobre a parede rosa, que remete às cores da empresa. Todos os elementos da composição estão submetidos a um fundo preto, o que dá mais destaque a eles.

Situação Encontrada

Arquitetura e SketchUp: Ricardo Vidal
Local: Fortaleza, CE
Ano do Projeto: 2011

quinta-feira, 26 de maio de 2011

RESIDÊNCIA AB




Projeto de reforma e ampliação de uma residência unifamiliar em Intermares, Cabedelo.
Construída em 1984 esta residência já não mais atende de forma eficiente as necessidades da família. Por isso foi solicitada a atualização do seu projeto, com a inserção de novos ambientes e redimensionamento dos existentes.
Para isso foi projetada a execução de mais um pavimento, com estar íntimo e suíte master, baseada na planta do pavimento térreo, a fim de otimizar a estrutura. A inserção deste novo pavimento possibilitou a utilização de pé-direito duplo em parte da sala de estar, que se estende pelo terraço e se abre para a área de lazer.
O acesso principal da casa foi alterado da face poente do terreno, voltada para uma avenida de maior movimento para a face norte, em uma rua mais tranquila. Esta alteração de acesso tem a intenção de valorizar a melhor perspectiva da casa e permite que o visitante atravesse o jardim e área de lazer antes de chegar à ela.
O partido arquitetônico é marcado por um desenho contemporâneo, que mescla formas puras com a utilização de volumes com materiais típicos da região.



Planta Baixa Existente: 1- Acesso; 2- Terraço; 3- Estar / Jantar; 4- Lavabo; 5- BWC; 6- Closet; 7- Suíte; 8- Quarto; 9- Cozinha; 10- Despensa; 11- Serviço; 12- Quarto Serviço; 13- Depósito; 14- Garagem; 15- Jardim de Inverno.
Planta Baixa Proposta Térreo: 1- Acesso; 2- Piscina; 3- Deque; 4- Churrasqueira; 5- Terraço; 6- Estar / Jantar; 7- Lavabo; 8- BWC; 9- Armário; 10- Varanda; 11- Suíte; 12- Quarto; 13- Cozinha; 14- Despensa; 15- Serviço; 16- Quarto Serviço; 17- Garagem.

Planta Baixa Pavimento Superior: 1- Estar Íntimo; 2- Suíte Master; 3- Closet; 4- BWC; 5- Varanda; 6- Vazio.





Vista Noroeste - Atual

Vista Noroeste - Proposta

Arquitetura e SketchUp: Ricardo Vidal
Local: Cabedelo, PB
Ano do Projeto: 2011
Área do terreno: 708,75m²
Área de construção: 402,94m²

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MATRIZ DA SAGRADA FAMÍLIA







Estudo Volumétrico - Vista Noroeste

Este projeto de reforma e ampliação da Matriz da Sagrada Família em Bayeux - PB surgiu da necessidade de ampliar a capacidade da Igreja e criar um espaço mais confortável e agradável aos fiéis.
Remetendo à tradição da arquitetura Católica, a entrada situa-se sob o volume do coro para logo após se abrir a nave com um pé-direito monumental (8,10m). À esquerda da entrada, está localizado o Batistério, abaixo da torre (Campanário). Mais à frente, junto ao Presbitério encontra-se o espaço reservado para confessionário bem como o Sacrário.
À direita da entrada principal com acesso também pela nave, está o salão paroquial, já existente e utilizado para eventos da comunidade. Seu pé-direito também será alterado e ele ganhará um mezanino, ao tempo em que cederá área para uma nova bateria de sanitários e a Sacristia.
Será através do mezanino do salão que poderá se acessar o coro da igreja, e a partir deste, os demais pavimentos da torre (áreas técnicas).
No fundo do lote encontra-se a casa paroquial, que não será alterada, com exceção de uma ampliação da garagem, hoje subdimensionada.
Para melhor visualização da edificação parte do muro que cerca o lote será retirado, tornando o trecho da esquina utilizável pela sociedade. Como uma gentileza urbana, será feito o alargamento do passeio público, com a consequente melhoria da circulação de pedestres e cadeirantes.
O partido volumétrico, de linhas contemporâneas, surgiu da ideia de dar mais monumentalidade à Igreja. Para isso foi necessário unir os volumes, hoje separados, em uma única edificação. Seu embasamento será revestido em granito, que reforçará a leveza dos volumes brancos que sacam em balanço, na face frontal relativo ao coro e mezanino do salão, e na face lateral um elemento que viabiliza a ventilação cruzada na nave.
As aberturas para ventilação e iluminação foram resolvidas de forma que não haja a visualização do espaço exterior a partir da nave, para que os fieís possam realmente usufruir do espaço como um campo sagrado e dedicado exclusivamente à reflexão sem interferências externas.

Estudo Volumétrico - Vista Sudoeste

Planta Baixa Existente: 1- Acesso; 2- Sacristia; 3- Depósito; 4- Assembleia / Presbitério; 5- Sala; 6- Quarto; 7- Cozinha; 8- Serviço; 9- Salão Paroquial; 10- Sala de Aulas; 11- Sanitários; 12- Garagem

Planta Baixa Proposta (térreo) - 1-Acesso; 2- Batistério; 3- Assembleia; 4- Presbitério; 5- Confessionário; 6- Sacrário; 7- Sala; 8- Quarto; 9- Cozinha; 10- Serviço; 11- Sacristia; 12- Secretaria; 13- Sanitários; 14- Salão Paroquial; 15- Sala de Aulas; 16- Depósito; 17- Artigos Religiosos; 18- Garagem

Vista Noroeste - Proposta

Vista Noroeste - Atual


Ficha Técnica:

Arquitetura: Ricardo Vidal
Sketchup: Ricardo Vidal
Imagem Renderizada: Leonardo Tavares
Colaboradora: Vanessa Maia
Local: Bayeux, PB
Ano do Projeto: 2010
Área do terreno: 1020m²
Área de construção: 802,36m²

quinta-feira, 24 de março de 2011

NA PONTA DOS PÉS

Agradeço mais uma vez o contato da Jornalista Maria Lívia Cunha para o preparo desta matéria publicada em 21.03.2011 no caderno Lugar Certo do Jornal O Norte.


Maria Livia Cunha - Lugar Certo PB/ON


21/03/2011 - A escolha do piso certo garante beleza, praticidade e até segurança nos cômodos
Juliana Santos/Especial DB



















Rústico, de cerâmica ou porcelanato, concreto, com ou sem antiderrapante e a grande questão é como escolher bem o piso da sua casa? Qualidade, durabilidade e rapidez de manutenção são pontos que devem receber um grifo durante esse processo. Afinal, beleza não é tudo, nem para comprar cerâmica. Selecionadas as peças que atendem a estes quesitos, pergunte-se qual o tipo de uso que o espaço terá? E, então, mãos a obra.

Um material de qualidade ruim pode ficar empenado após a aplicação, quebrar ou apresentar falhas na tonalidade. Consultar um profissional e solicitar uma consultoria pode simplificar as coisas. “Ao projetarmos uma casa dividimos ela em três setores básicos: serviços, área íntima e área social. Por existir essa diferença de usos nos ambientes, podem-se utilizar pisos diferentes para cada setor, observando-se sua resistência e material”, afirma o arquiteto Ricardo Vidal.

Os tipos de piso são variados em cores, materiais, formatos e texturas. O piso de cimento queimado não possui rejuntes e isto facilita a limpeza. No entanto respingos de gordura podem manchar o revestimento e, quando molhado, ele fica escorregadio. O porcelanato pode ser aplicado em área interna ou externa. Existem várias aparências para esse tipo de peça, por exemplo, madeira, granito e mármore. Já os pisos em madeira são indicados para áreas de estar e jantar, além de quartos. Comumente, oferecem uma sensação de conforto.

No caso dos azulejos, existem as peças que são retificadas, ou seja, passam por um processo mais rígido de qualidade e possuem medidas alinhadas, seguindo um padrão, por isso utilizam menos rejuntes. “Muito cuidado com os chamados ‘pisos comerciais’, eles têm o preço baixo, mas também a qualidade é baixa”, afirma. O usual, segundo Ricardo, é a utilização de um único tipo de piso para toda a casa, dividindo-a em ambientes externo e interno. “Com isso obtemos um resultado mais limpo, onde os ambientes ficam mais integrados. Portanto, um piso único deverá ser resistente à abrasão, ao sol e também ser antiderrapante”, comenta.

Além de escolher bem a peça, vale ressaltar que apenas mão de obra qualificada deve ficar a frente desse tipo de serviço. Afinal, ao escolher o piso, deve-se pensar também que você o utilizará por muitos anos.

Índice PEI

A escolha do piso é uma decisão que exige cuidados. Segundo o Ricardo Vidal, “para o nosso clima, recomenda-se pisos cerâmicos e porcelanato, pois estes são materiais frios e resistentes”. No entanto deve-se observar sua classificação de resistência ao desgaste, conhecida como Índice PEI, para evitar incidentes com o material.

Esse índice divide-se em cinco categorias. O PEI 1 é recomendado para ambientes onde se caminha com chinelos ou pés descalços, já o PEI 2, é para ambientes onde se ande com calçados. O terceiro é mais resistente e indica-se para ambientes onde se caminhe com alguma quantidade de sujeira abrasiva, que não seja areia. O PEI 4 é indicado para todas as áreas residenciais e comerciais com alto tráfego. E, por último, o 5 deve ser utilizado em áreas com alto tráfego, como restaurantes e lojas.

Informações do INMETRO

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) realizou uma pesquisa que avaliou a tendência da qualidade dos revestimentos cerâmicos (pisos e azulejos), em 1998. Das 24 marcas analisadas, apenas seis estavam integralmente de acordo com os requisitos da norma. Para garantir que o consumidor escolha corretamente o produto, o instituto sugere alguns cuidados.

1. Atenção para a procedência do produto: se tem informações sobre o fabricante (telefone, endereço) e indicação de estar de acordo com as normas.
2. Certifique-se de qual será o local de aplicação (parede ou piso): área residencial, comercial ou industrial.
3. Avalie o trânsito no local: de pessoas, de veículos, de móveis que são arrastados – para determinar o Índice PEI do produto que será comprado.
4. É importante saber a umidade no local: para determinar o Grupo de Absorção do produto – para locais mais úmidos, recomendam-se produtos com baixa absorção.
5. Calcule a metragem a ser revestida (m2): para cálculo da quantidade de peças necessárias. Sugere-se adquirir, pelo menos, 10% a mais do que a metragem.
6. Ao receber o material, verifique se todas as caixas contêm produtos do mesmo tamanho, tonalidade, qualidade, lote e índice PEI.
7. Por fim, durante a manutenção das peças, utilize apenas solução de água e detergentes neutros.


Serviço

Ricardo Vidal
Tel.:(83) 9969-7048
Email: contato@ricardovidal.arq.br

INMETRO
www.inmetro.gov.br

Maria Livia Cunha
marialiviacunha.pb@dabr.com.br

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CONDOMÍNIO POPULAR

Tipologia "A"

Projeto para condomínio de casas populares a ser construído na cidade de Santa Rita - PB. Com um terreno de 36x25m todas as seis casas abrem-se para a rua e mantêm um afastamento entre si, dando maior privacidade às unidades.
A fim de se evitar uma monotonia causada pela simples repetição de fachadas, duas tipologias residenciais de programas semelhantes foram projetadas e locadas alternadamente. Criadas como "casas-embrião" podem ser ampliadas em mais um cômodo de acordo com o crescimento da família sem alterações em planta. Seu programa, com 64m², possui sala para dois ambientes, dois quartos (uma suíte), cozinha, área de serviço coberta e terraço. Com um recuo frontal bem maior que o exigido por lei, estas casas terão garagem e jardins individuais que agregam valor e ampliam as possibilidades de lazer familiares.
Embora tenha uma área reduzida por ter que se enquadrar no padrão popular, este projeto tem a intenção de se destacar na região ao provar que uma arquitetura de qualidade pode estar acessível às camadas da base da sociedade e influenciar positivamente nos critérios das pessoas e do mercado imobiliário local.


Tipologia "A"


Tipologia "B"

Tipologia "B"

Implantação


Ficha Técnica:
Cliente: LB Engenharia LTDA.
Arquitetura e SketchUp: Ricardo Vidal
Local: Santa Rita PB
Ano do Projeto: 2010
Área do terreno: 900m²
Área de construção: 387,66m²

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VIVAZ AMBIENTAÇÃO E TECNOLOGIA

Proposta Final

Fachada Proposta


Fachada Original

Projeto de reforma e ampliação feito para a instalção de uma loja em uma residência modernista na cidade de Campina Grande.
Esta residência se localiza em uma movimentada avenida no Centro da cidade. Constitui-se de um volume sobe pilotis apoiado em sua lateral por um muro de arrimo decorrente do desnível natural do terreno. Partindo do princípio de preservar os traços modernistas, nossa intervenção é feita de forma delicada, com poucas interferências na edificação existente.
A concepção do projeto partiu do princípio que a escada original não atendia às necessidades de acesso principal para uma loja. Por isso criamos uma expansão no volume original com um novo acesso, destacado por uma larga escada e marquise metálica vermelha. Essa intervenção se destaca intencionalmente do volume original e se caracteriza volumetricamente como uma caixa de vidro (vitrines), permitindo a exibição de produtos na melhor perspectiva da edificação (lado de quem sobe a avenida). Ela é arrematada por uma parede cega no poente, onde destacaremos o nome do estabelecimento, ao mesmo tempo que o protegemos da forte insolação da tarde.
Por ser uma loja dirigida ao comércio de produtos de iluminação, as paredes de fechamento da fachada frontal original foram retiradas (preservando-se a caixa que as envolvia) e trocadas por vidro e brises, com a intenção de que à noite exista uma forte iluminação de dentro para fora da construção.

Ficha Técnica:
Arquitetura: Ricardo Vidal, Juliana Cunha e Danielle Furtado
Interiores: Juliana Cunha e Danielle Furtado
SketchUp: Ricardo Vidal
Render Final: Leonardo Tavares
Local: Campina Grande PB
Ano do Projeto: 2010
Construção: 2010

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Altura do Piso ao Teto

Agradecendo à Jornalista Maria Lívia Cunha pelo contato para produção desse artigo, publicado no jornal "O NORTE" em 13/02/2011.

Maria Lívia Cunha - Lugar Certo PB/ON
15/02/2011 - O pé direito duplo ou alto, além privilegiar a estética, ajuda no conforto térmico dos ambientes
Leia O Lugar Certo todos os domingos no Jornal O NORTE.




Arquitetura: Ricardo Vidal
Maquete eletrônica: Leonardo Tavares


Posicione-se em pé no centro de um cômodo da sua casa, observe a distância entre o pavimento e o teto, a este cumprimento, arquitetos e engenheiros se referem como “pé direito”. No caso das casas de telha, o pé direito é a medida entre o chão e a parte mais baixa do telhado. Segundo o Regulamento Geral de Edificações Urbanas (RGEU), a altura mínima do teto de um imóvel deve ser de dois metros e setenta e, no caso das empresas com empregados esse número sobe para três metros.

Entre três e quatro metros e meio metros de altura, ele é considerado alto. A partir de cinco metros, leva o nome de duplo e, quando a medida chega a oito metros, é considerado triplo. Na arquitetura, o pé direito alto é um elemento tradicional e comumente relacionado ao conforto térmico dos ambientes. Para o arquiteto Ricardo Vidal, num cômodo desse tipo o ar quente, que é mais leve, tende a subir e as pessoas têm sensação de resfriamento. “Nos países de clima quente é um elemento regulador do micro-clima da edificação. Utilizado em conjunto com terraços e áreas sombreadas é um forte aliado do conforto ambiental”, ressalta.

Além da ventilação, um pé direito alto ou duplo qualifica o espaço e permite uma sensação amplitude, mas ele não é indicado para espaços estreitos. Segundo especialistas, o uso indevido desse recurso pode tornar o ambiente incoerente com a escala das pessoas e dos objetos. “O pé-direito duplo quando bem utilizado valoriza o ambiente, dando-lhe mais imponência. Por isso mesmo é um artifício secularmente utilizado”, comenta. Welber Marcolino, diretor comercial da construtora Marcolino, concorda e acrescenta ainda que, embora oneroso para as construtoras, o pé direito duplo ou triplo pode ajudar na visualização das áreas sociais de um empreendimento.

Quanto ao apelo estético, vale ressaltar que é preciso explorar as áreas livres. Para isto, o projeto poderá incluir telas ou outros objetos de arte. Em se tratando do uso do pé direito mais alto, ele pode ser empregado tanto em casas, como apartamentos e áreas comerciais. O mais importante, nesses casos, garantir a segurança com parapeitos, por exemplo.

Alguns preferem rebaixar

Pensar na faxina ou na provável necessidade de, um dia, precisar trocar as lâmpadas pode fazer o morador repensar o uso do pé direito alto. Apesar de amplamente utilizado na arquitetura moderna, para algumas pessoas, é esta dificuldade de manutenção o maior obstáculo. Nesses casos, a saída é optar por rebaixar ou nivelar o teto.

“Usa-se mais comumente o gesso, mas o forro pode ser de madeira e até de PVC que é mais prático”, comenta Ricardo. A advogada Cristina Cavalcanti optou pelo gesso, segundo ela o teto desnivelado não estava de acordo com a proposta estética da casa. “O gesso nivelou o teto, rebaixou e permitiu uma iluminação mais adequada à sala”, afirma.

Para o arquiteto, a escolha da luminária correta pode evitar uma obra desnecessária e garantir a sofisticação do recurso. “Rebaixar facilita a manutenção, algumas pessoas relatam dificuldade de trocar lâmpadas, mas, nesse caso, é uma questão de escolher bem a luminária”.

Por Maria Livia Cunha
marialiviacunha.pb@dabr.com.br

HOSPITAL DE OLHOS DA PARAÍBA

Fachada Proposta

Fachada Atual


Projeto de Clínica Oftalmológica na cidade de Campina Grande - PB. Com a necessidade de melhorar o atendimento ao cliente, tornando os espaços mais agradáveis, criamos esta proposta de reforma e remodelação de fachada.
Por ser uma antiga residência, esta construção ainda necessitava de algumas melhorias que adaptassem melhor o programa. A alteração mais marcante, que se destaca na nova fachada refere-se ao antigo terraço, que foi fechado com vidro. Sua laje de cobertura foi demolida, com a intenção de criar um pé-direito duplo na entrada, que também é marcada por uma marquise metálica azul, remetendo à logomarca da instituição.
A nova volumetria da fachada intencionalmente descaracteriza a antiga função de residência e dá uma nova imagem à construção. Bastante simples, ela é marcada por linhas perpendiculares. Baseia-se em uma grande caixa branca envolvida por uma casca que ao virar em direção ao solo cria o acesso, marcado pela sua transparência, que se contrapõe ao peso da caixa.


Ficha Técnica:
Arquitetura e SketchUp: Ricardo Vidal
Interiores: Juliana Cunha e Danielle Furtado
Local: Campina Grande PB
Ano do Projeto: 2011